quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Artigo: A Real Empregabilidade. Por Wellington Moreira.




A acirrada competitividade existente trouxe uma série de reflexos na relação entre as empresas e seus colaboradores. A mais expressiva delas e que você já deve estar sentindo em maior ou menor grau é a pressão por resultados expressivos.

Se o baixo desempenho antes era bem disfarçado pelo grande número de horas trabalhadas (sinônimo de comprometimento até então), por relações onde a subserviência prevalecia e por gestores que não se preocupavam em mensurar a real contribuição de cada colaborador, hoje a realidade é diferente. Profissionais que não apresentam resultados claros e consistentes têm dificuldades para permanecer e, especialmente, alçar voos mais altos em organizações onde são avaliados e remunerados pela performance.

Quando as empresas enviavam determinado funcionário para um curso a única obrigação deste era ser assíduo ao evento; pouco importando o que aprendesse, já que provavelmente ninguém iria perguntar-lhe coisa alguma a respeito. Hoje, esta mesma pessoa sabe que seu papel de multiplicador implicará transmitir aos demais os conhecimentos obtidos.

Apenas um exemplo de inúmeros que poderiam ser mencionados para reforçar um modelo de gestão que tem sido implantado até mesmo nas organizações públicas, onde avaliações de desempenho periódicas agora assustam aqueles que acreditavam estar protegidos pelo silencioso pacto de mediocridade. É claro que tais mudanças têm sofrido resistência, mas já se pode afirmar que este é um caminho sem volta.

No entanto, o que geralmente impede alguém de alcançar resultados fantásticos? O principal motivo já comprovado por pesquisas é a falta de foco, principalmente quando as metas da organização e seus desdobramentos no âmbito individual e por equipe não são visíveis para as pessoas. Neste caso é comum que muitas coisas sem a menor importância ocupem grande parte da rotina diária do trabalhador. 

Também não se pode esquecer que nem sempre as pessoas são capazes de entregarem aquilo que se espera delas por falta de competência técnica ou aptidão para atingir determinado alvo. É o caso de alguém que insiste em ser jóquei mesmo pesando mais de 100 kg e com altura superior a dois metros. É melhor cavalgar como hobby e escolher outra profissão.

O grau de motivação também é decisivo para uma boa performance. Muitas pessoas que conhecem suas metas e têm grande potencial não atingem resultados fabulosos simplesmente porque não conseguem impingir grande significado ao seu trabalho. Por conseguinte, estão ali enquanto não encontrarem algo melhor, como afirmam costumeiramente.

Por fim, o profissional deve manter a consciência de que não basta obter um único resultado extraordinário, é necessário ser consistente. Adhemar, Rodrigo Fabri, Dimba e Josiel foram artilheiros do campeonato brasileiro de futebol em 2000, 2001, 2003 e 2007, respectivamente, contudo nenhum deles é reconhecido pelo grande público a não ser por torcedores apaixonados do São Caetano, Grêmio, Goiás e Paraná Clube.

Os resultados de ontem dão uma ideia acerca do que você pode fazer no futuro, isto é, servem para avaliar o seu potencial. Só isto, pois em tempos de constantes rupturas, a experiência de ontem poderá ter pouco valor ou até mesmo precisará ser “esquecida”. É o que acontece quando você usa o tablet da primeira vez e percebe que a habilidade de digitação no laptop tem limitada utilidade dentro deste novo paradigma.

Os resultados mais valiosos que você possibilitou à sua empresa nos últimos meses e aqueles que vislumbra conquistar daqui adiante é que lhe garantirão uma carreira de sucesso, afinal de contas – aos olhos do mercado – empregáveis são as pessoas que marcam gols corporativos seguidamente e, se possível, nos campeonatos mais disputados.

Por Wellington Moreira
wellington@caputconsultoria.com.br

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