Embora a Administração tenha surgido como profissão no Brasil apenas em 1965, cursos de Administração, nos Estados Unidos, existem desde o final do século XIX. Um vôo maior pela história provavelmente nos conduziria a inúmeras situações onde o papel do administrador – do gestor – se fez presente, muito antes das formulações propostas por Taylor, por Fayol e tantos outros.
O termo “administração”, no contexto Organizacional, nos remete a novos termos e expressões que transitam em um ambiente que envolve “planejamento”, “organização”, “coordenação”, “direção” e “controle”; termos que dão a dimensão de que a Administração se propõe a assegurar que os recursos – humanos, materiais, financeiros, econômicos, tecnológicos ou físicos – sejam colocados à disposição de determinados objetivos, em todos os níveis do ambiente empresarial (mas não exclusivamente nesse ambiente).
A “divisão do trabalho” ou a “departamentalização” são expressões comuns, tanto em função da necessidade de especialização, como, mais recentemente, em função da necessidade – crescente – de segregação de funções ou atividades que possam trazer ou atrair conflitos potenciais de interesse.
“Autoridade”, “linha de comando” e “hierarquia” – no conjunto – fornecem elementos que asseguram a compreensão da responsabilidade e da autonomia, individual ou coletiva, tanto no nível estratégico, como no nível tático e no nível operacional.
“Unicidade de comando” e “unicidade de direção” são expressões que auxiliam o gestor a passar a idéia de sinergia, de foco. Estruturas globais, além das situações em que modelos matriciais se aplicam, por certo tornam a dinâmica do processo de gestão mais complexa.
Decisões sobre “centralização” e “descentralização” de processos, bem como sobre “verticalização” e “horizontalização” de estruturas são também fonte de decisão para os administradores interessados na racionalidade administrativa.
As expressões “manual de normas e procedimentos”, “fluxo operacional”, “ordem” e “disciplina”, entre outros termos, auxiliam na compreensão da teoria da burocracia, proposta por Max Webber. Burocracia essa que explicita a racionalidade do processo de gestão e, dentro desse processo, a impessoalidade nas relações, vital à integridade e eqüidade. O termo burocracia, originalmente, está associado à racionalidade e não, como comumente se emprega, a fluxos ou procedimentos de eficiência duvidosa, desprovidos de significado para os usuários ou negligentes em relação à cadeia cliente-fornecedor.
O desafio, no mundo das Organizações, além dos tantos já citados, envolve a “subordinação dos interesses individuais aos interesses coletivo-organizacionais”. Isso determina o fortalecimento das diretrizes, normas e procedimentos voltados à gestão do capital humano, do capital financeiro e a tantos outros “capitais”. Isso implica em assegurar ações de governança corporativa que capturem e disseminem as crenças e os valores da Organização.
Outro desafio importante da administração – e de cada profissional inserido nesse contexto - é o de ver na “inovação” a alavanca necessária à sobrevivência, à perpetuação dos negócios e à busca da vantagem competitiva que nos provoca em cada café da manhã.
Um comentário:
Interessante a retrospectiva histórica que o professor Marcelino nos traz. O seu diálogo com a atualidade demonstra o quanto é importante essa reflexão para o contexto organizacional.
E sem dúvida, a inovação também é crucial nesse processo.
Parabéns pelo texto!
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