O RH vive um grande dilema no mundo corporativo atualmente: estar atento as questões relacionadas ao ser humano. Isso lhe exigirá uma certa sensibilidade, saber lidar com emoções e demais sentimentos que já sabemos e que nos é intrínseco pela nossa natureza. Entretanto, o RH também precisa (mais do que nunca) gerenciar os processos de RH, apresentar resultados como um“business unit” e para isso, precisará ter um olhar mais centrado em números, bem como em indicadores de desempenho.
Essa dicotomia na função RH aumenta ainda mais a sua responsabilidade e sua árdua missão – passear entre a emoção e a razão em uma mesma cultura organizacional, sem que o seu desempenho gerencial desestabilize e o tire do foco de atuação.
Todos sabemos que lidar com as emoções e as relações entre as pessoas não uma tarefa fácil. Para que o profissional de RH atue com êxito nessas questões, será preciso que ele próprio possua e busque incessantemente o autoconhecimento, de forma que esteja habilitado à tratar com competência dessa área. É imprescindível que ele esteja munido de ferramentas que o auxiliem nesse trabalho.
No campo das relações interpessoais, o profissional de RH pode contar com ferramentas como o counseling, mentoring, coaching, entre outras.
Essas ferramentas podem contribuir efetivamente para o desenvolvimento das pessoas nas organizações, principalmente quando a competência requisitada seja relacionada a comportamentos e desenvolvimento pessoal. No campo da Gestão de Pessoas, pode-se assim dizer que o RH está munido com ferramentas poderosas. Mas como fica o RH no campo da Gestão de Processos? Como o profissional de RH pode avançar nesse aspecto organizacional, onde o acirramento do mercado, as exigências de qualidade são cada vez mais elevadas? E ainda assegurar a eficácia na gestão dos custos com pessoal, comprovar o retorno sobre os investimentos nessa área?
Indiscutivelmente, deve haver diversas ferramentas que possibilitem uma gestão eficaz dos processos de RH, mas como proponho no livro “Ferramentas da Qualidade aplicadas à Gestão de RH” - A Transformação do Profissional de RH em Parceiro Estratégico do Negócio – o profissional de RH se realmente quer alcançar uma posição mais estratégica nas organizações deverá buscar o conhecimento e com isso o domínio na utilização das ferramentas da qualidade.
As ferramentas da qualidade apresentadas no livro foram conceituadas e exemplificadas, sendo elas: Fluxograma, Brainstorming, Diagrama de causa e efeito, Folha de verificação, Gráfico de Pareto, GUT e 5W 1H.
Cada uma das ferramentas em particular, auxilia na resolução de problemas e apoia na tomada de decisões com o propósito de alcançar a excelência, sempre. As ferramentas da qualidade consideram em absoluto os “fatos e dados”, dessa forma, fica assegurado que estamos tratando sistematicamente de um método, e falando em método, não posso deixar de citar o PDCA, método consagrado que vem ajudando os gestores a planejarem e atingirem suas metas, alcançando com sucesso seus resultados.
Escrever essa obra me realizou profundamente e foi bem desafiador, mas penso que o desafio maior ainda deverá ser superado pelo profissional de RH: alcançar a excelência na Gestão de Pessoas, mas principalmente na perspectiva da Gestão de Processos, e para isso, precisamos começar agora, então, mãos à obra.
5 comentários:
Perdoem meu preciosismo (?) mas, como assim, ESTÁ VIVENDO um grande dilema ATUALMENTE?
Essa não é razão de ser do RH desde SEMPRE?
Não é seu core business? : /
E, se assim é, competências como sensibilidade, saber lidar com as emoções e demais sentimentos, já não é pré-requisito para estes profissionais?
Desculpem, mas é que me assusta "um pouco" (mentira, me assusta muito) ler isso como uma NOVIDADE ou como algo que 'tudo bem se eu, profissional de RH, só começar a pensar a respeito ou me preocupar agora', entendem?
Então, do que era que eu andava me ocupando ANTES? Com o que andava me preocupando até agora?
Brrrrrrrr... que mêda...
Ah, sim, com isso concordo em gênero, número e grau!
Que o RH precisa urgentemente apresentar resultados como uma “business unit”.
Sempre precisou, mas agora a urgência é maior e a triste verdade é que os profissionais das Áreas de Humanas não costumam ter, nem querer, esse conjunto de habilidades com números necessárias à essa prática :(
P.S.: Desculpem, é que eu vou comentando à medida em que vou lendo porque gosto que as pessoas saibam que eu também mudo de idéia, mudo minhas crenças. Como Juscelino kubitschek, não tenho nenhum compromisso com o erro!
Quanto ao 4º parágrafo, me ocorre que uma das dificuldades dos profissionais de RH com a Gestão de Processos seja o fato dele(a) ser preparado (quase adestrado) para uma visão exclusivamente individual do ser humano. Ainda que eu seja "treinada" para compreender melhor os processos do indivíduo, isso não me habilita nem me capacita para sequer enxergar, quanto mais lidar com processos sistêmicos organizacionais. Hummm, mais uma razão pra estudar melhor Redes... O foco agora não está mais nos processos e conhecimentos individuais mas nas redes de informações (e resultados) compartilhados!
Quanto ao 4º parágrafo, me ocorre que uma das dificuldades dos profissionais de RH com a Gestão de Processos seja o fato dele(a) ser preparado (quase adestrado) para uma visão exclusivamente individual do ser humano. Ainda que eu seja "treinada" para compreender melhor os processos do indivíduo, isso não me habilita nem me capacita para sequer enxergar, quanto mais lidar com processos sistêmicos organizacionais. Hummm, mais uma razão pra estudar melhor Redes... O foco agora não está mais nos processos e conhecimentos individuais mas nas redes de informações (e resultados) compartilhados!
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