Cresce o número de eventos interessados na discussão do uso de indicadores de gestão do capital humano, bem como na disseminação de práticas entre as Organizações. São congressos, seminários, ‘workshops’ e eventos fechados com temas sobre métricas, medições, mensurações e indicadores.
Medir, que sempre representou uma palavra de ordem na gestão dos financeiros, materiais, físicos e tecnológicos, cresce a passos largos no campo da gestão dos recursos humanos em Organizações de qualquer tamanho, segmento de mercado, origem do capital ou localização geográfica.
As áreas, em RH, que tradicionalmente desenvolviam medições relacionadas aos seus ‘outputs’ (‘entrega’, ‘saída’, ‘produto’ ou ‘serviço’), passam a medir também o ‘processo’, o ‘consumo de recursos’ e a ‘percepção’ de seus clientes internos. As áreas que historicamente não se envolviam intensamente com números, métricas, variações, indicadores, gráficos, tabelas, históricos numéricos, passam a estar mais atentas a aspectos como custo, quantidade, qualidade, tempo e satisfação do cliente.
A relação custo-benefício, apreciada sobre variáveis qualitativas e subjetivas, passa a ser discutida - e por vezes somente discutida - com base em referências numéricas, em dados efetivos e mapeados com o propósito de subsidiar decisões sobre investimentos, mudanças em sistemas, desenvolvimento e implantação de programas, mudanças em processos e afins.
Decisões internas, nos mais variados subsistemas da gestão de Recursos Humanos, vêm se apoiando em quadros quantitativos que tomam como referência indicadores ou fatores de avaliação, pesos (representatividade dos fatores de avaliação), graus (alternativas de avaliação em cada fator) e pontos ou referências numéricas. Tais quadros de avaliação, ainda que possuidores de aspectos objetivos e relativamente subjetivos vêm sendo desenvolvidos ou estruturados, cada vez mais, como forma de subsidiar decisões nesta ou naquela direção, com este ou aquele formato.
O “fazer pelo fazer” ou o “fazer porque sempre foi feito assim” por certo está com os dias contados quando estivermos desenvolvendo ações em processos capitais para a Organização, nos quais são investidos importantes recursos (humanos, financeiros etc.) e sobre os quais temos expectativas elevadas. Custo, tempo, quantidade, qualidade e satisfação dos clientes tendem a atuar, cada vez mais, como referências para avaliação de nossas ações, dentro e fora do contexto da gestão dos Recursos Humanos.
Professor de cursos de graduação e de pós-graduação
em gestão de Recursos Humanos
marcelinoassis@ig.com.br
Marcelino Tadeu de Assis é autor da obra:
Indicadores de Gestão de Recursos Humanos.
Um comentário:
Excelente texto Marcelino
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